15 de maio de 2011



O sinal de positivo que junta o nome de Ben com o de Vesper para formar o nome da banda não é só uma questão estética. O símbolo matemático representa mais do que o matrimônio entre Ben e Vesper Stamper, ele marca a união das vozes do casal, que foge do típico dueto e cria diversas formas de usá-lo, exemplificadas mais uma vez, agora no novo disco, Honors.

As vozes, além de não cairem numa rotina, possuem sonoridades que se completam. Em Honors, elas exercem diversos papéis. Seja brincando no diálogo inicial de Holly Home, com Vesper suavizando a voz de barítono de Ben em Knee-hi Wall, ou ao contrário, com ele brincando de aparecer e sumir para pontuar simplicidade feminina no vocal dela.

Sonoramente, a dupla, que conta com amigos para preencher as melodias do álbum, traz um clima indie pop, com momentos mais animados, que me lembrou The Owls, e outros mais calmos, que me trouxe à memória outra parceria, a de Isobel Campbell com Mark Lanegan. As canções são belas e sabem a hora certa de “estranhar” um pouco. Mas a força de Honors está mesmo belo casamento (não consegui fugir do trocadilho) das vozes.

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