19 de janeiro de 2010



Certas bandas precisam construir seu lugar no ouvido da gente. Demorei para me encantar com o primeiro disco do Vampire Weekend. No início de 2008 falavam deles como uma das apostas daquele ano. Lembro de ter simpatizado, mas não dei o braço a torcer tão facilmente. Hoje, quando eu chego do trabalho, no calor dessa cidade, e ainda preciso lavar a louça ou a roupa que se acumula na lavanderia, ligo a caixa de som bem alta e coloco Vampire Weekend para lutar com as canções evangélicas do vizinho.

Meu arsenal ganhou recentemente mais 10 boas armas. O novo disco, Contra, mostra uma linha inteligente para o perigoso segundo álbum da carreira. O Vampire Weekend avançou (leia-se amadureceu) no campo de batalha, mas com a mesma estratégia. A guerra contra o tédio e a desanimação continua armada com guitarras aceleradas e agudas, com a ótima acentuação vocal de Ezra Koening, com os tiros certeiros do teclado e a força do baixo e bateria. O hino do exército vem com sacadas jovens e espertinhas. Se continuarem nessa linha, vão fincar bandeira no ouvido inimigo.

Caso você precise vencer logo a guerra, pule direto para as faixas "Cousins" e "Holiday". Se tiver tempo de descansar nas trincheiras, procure algo mais calmo como "Horchata", "I Think Ur A Contra" e "Taxi Cab".

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