22 de outubro de 2009


Seria pop se tirassem as estranhices do som. Seria estranho se não fosse um pouco pop. Seria agressivo se não fosse a doçura em alguns momentos. Seria chato se não fosse a força imposta na voz. Assim se define a mistura coesa-mas-nem-tanto de A Mouthful, primeiro disco da dupla franco-finlandesa The Do. O pop vem com as batidas dançantes da guitarra e o ritmo fácil de alguns refrões na voz de Olivia Merilahti, que se mistura com a estranhice de um coral de crianças em "Playground Hustle", com o ritmo quase tribal de "Unissasi Laulelet" e no hip-hop(?) bagunçado de "Queen Dot Kong". A doçura vem de momentos calmos como em "When Was I Last Home", "Song for Lovers" e bonitos como em "At Last". A força que controla o excesso de doçura vem com gritos quase histéricos, barulhos perdidos e crescentes vocais. Um disco que brinca bastante, logo, um disco divertido e bonito.

Um comentário:

Bruno R. disse...

on my shoulders é uma das músicas mais perfeitas que eu já ouvi.