1 de setembro de 2011

Russian Red - Fuerteventura (2011)




Parece que cada vez mais é preciso ser totalmente a favor ou contra alguma coisa. Por isso, ficar em cima do muro é praticamente ser radical. Na música, em especial no cenário alternativo, é perigoso ficar em cima do muro. O risco de produzir algo sem graça é grande. Menos no caso de Lourdes Hernández, a moça à frente do Russian Red, projeto espanhol radicalmente (e maravilhosamente) na média, no meio termo.

Em seu segundo disco, Fuerteventura, a voz de Lourdes é feminina sem enjoar, tem artifícios variados mas não vai longe, tem o tanto de técnica e sentimento necessário. A melodia folk, com o clima de leveza ensolarada próprio da cultura latina, tem um raio de alcance que não faz perder uma lógica sonora. A letra é simples e simplesmente criativa. Nada falta e nada sobra. Não há risco e nem cálculo demais. 

É assim, na média de todos os elementos que compõe Fuerteventura, na dificuldade de manter esse equilíbrio constante que consiste a beleza do disco. Deixe no volume médio, quando não estiver nem alegre nem triste, quem sabe no meio da tarde, no meio da semana...



2 comentários:

Fernando disse...

E não é que é verdade tudo que vc falou. Sou apaixonado pela Russian Red e esse disco é bem meio de semana, no meio da tarde, na minha vida.

Unknown disse...

queria muito comprar o Cd,onde consigo?