15 de maio de 2011

Hannah Peel - The Broken Wave (2011)


Hannah Peel - The Broken Wave (2011)

Assim que eu terminei de ouvir o primeiro álbum de Hannah Peel, The Broken Wave, fui logo atrás de uma referência que me parecia familiar. Parei em Lia Ices, até pela proximidade do lançamento do álbum. Era isso mas ainda não totalmente. Procurei em Lia o que poderia haver mais enraizado. Cheguei até Feist. Me pareceu melhor, e achei que o caminho era a canadense. Na verdade era, mas não completamente. Por fim cheguei em Sally Seltmann, a cantora que escreveu o hit 1,2,3,4 gravado por Feist.

Agora vamos explicar esse caminho percorrido. Lia Ices apareceu por ter lançado um álbum recentemente e por conta do vocal, além de similaridade na melodia, um folk mais ritualístico, com momentos tradicionais, porém doce e contemporâneo. Daí achei a estrutura melódica de Hannah parecida com a de Feist, mas foi só nas extremidades do disco, nos seus momentos mais brilhantes, onde soa menos pop e mais solto, brincando seriamente de incluir uma percussão menos boba.

Então apareceu a Sally Seltmann como referência. A moça que já gravou sob o nome de New Buffalo tem o mesmo folk-pop simples, de menininha, com raros momentos de mulherão, daquelas cantoras que conquistam pela força de uma voz que parece indomada e uma melodia livre. The Broken Wave não é ruim, é simples. Eu gosto de ouvir, mas só em dias neutros, como hoje, que amanheceu com sol, nem calor nem frio, depois de um feriado, com o corpo e a cabeça no lugar.

As extremidades que mostram momentos brilhantes (mas nem tanto) aparecem com The Almond Tree, a primeira canção, em Cailin Deas Cruite Na Mbo, típica canção irlandesa, e em The Parting Glass, com sintetizadores e metais de fundo e calcada mais no vocal, que encerra o álbum. Eu esperava mais depois do exótico EP Rebox, com canções tocadas todas apenas com uma caixinha de música.

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